Sonhos Irreais
Sonhos, que tão bom são de sonhá-los
Que não me minta quem diz já não tê-los
Que eu possa, como balões no ar, soltá-los
Ou desenrolá-los como novelos,
Por isso os escrevo, na ânsia de arrancá-los
Do peito, para que possa entendê-los
Se em verdes prados correm, são cavalos
Livres, impetuosos, os mais belos
Diz-me o que sonhas, dir-te-ei quem és
Se sustentados por teus próprios pés
Que vencem sóis escaldantes dos desertos
É que há nos sonhos hidras, ogres, feras
Tentáculos e línguas de quimeras
Que geram cá na vida desconcertos