Sede de sangue
Agosto 19, 2016
Mau hábito fingirmos alegrias
Que trave o impetuoso e imenso mar
De mágoas e corais de agonias
Que impedem nossas almas sossegar.
Mau hábito outonal de suspirar
Se o ar glacial vem da boca do inverno
Leva-me aos píncaros de me embalar
Nas mãos do fogo lúrido do Averno,
Ó torpe humanidade, andas perdida
Guiada por um mal que não se vê
Ó humana condição em vão esquecida
Comes do matadouro da TV
O cio do ódio, besta desta vida
Que tem sede de sangue sem porquê