O Mundo visto das nuvens
Agosto 30, 2016
Visto das nuvens, neste pássaro de aço
Que faz do mundo imenso uma pequena aldeia
O sol é um candeeiro aceso no espaço
E a Lua, uma luz de presença, prazenteira.
Numa cesta de verga pus leis, religiões
A fome, a doença, a guerra, a morte, a vida inútil
A Terra, azul vestida, arranca corações.
Das alturas, parecia absurda mulher fútil
Ó verme, tu que habitas a rosa vermelha
Que cresce no jardim à sombra do meu lar
Agora te compreendo, ambos somos iguais
Ó Homem, tu que habitas a rosa mais velha
Deste orbe azul terrestre, quando irás cessar
Tuas obras mesquinhas de vermes banais?