O lobo ilusionista
Janeiro 23, 2019
Às vezes gostamos daqueles que sabem
em voz de verdade, cantar uma mentira
independentemente do sexo ou idade
a falsidade, ignoram, é coisa que expira
respiro! Não cumpro um dever há séculos
atiro o meu chapéu de imperador ao chão
os céus que aspiro são vastos desertos
que vão desde a tua alma ao meu coração
a mesa estava posta para as ambições
havia faca e garfo para dois destinos
mas eis que o tempo não tocou nas refeições
desmoronando os meus impérios de menino
eu já de longe noto, igual aos cães de caça
que sentem na floresta o odor a javali
o intenso odor a escroque que matreiro me arma
uma armadilha vil, noto-o quando se ri
fácil como um cão que avista satisfeito
um osso suculento. atira-lhe um, verás
que deixa de ser lorde ou príncipe perfeito
voltando a ser o lobo de apetite voraz