Desejos proibidos
Agosto 23, 2016
Há desejos ardentes que no peito habitam
De pronto reprimidos
Nas áreas interditas, que a sangue delimitam
Desejos proibidos.
Experimentem penetrar os olhos sonhadores
De homens e mulheres
Na tumba glacial do peito, reveladores
De esqueléticos prazeres.
Debaixo do colchão da alma há imundície
É o sono da Beleza
Esperando beijo ardente onde ninguém visse
O dom da Natureza.
Maior das ironias está em quem proíbe
Que julga o pecador
Mas trinca mais maçãs, tão podre, tudo inibe
De infâncias, roubador.
Ó coração inquieto, cemitério hediondo
De íntimos impulsos
No fogo, a interdição, é lenha que vai pondo
Nos peitos convulsos
Vives na prisão, és uma inútil jaula
Onde a fera dorme
Meu coração felino, és tigre de Bengala
Se tens fome, come