Chuva de estrelas
Agosto 09, 2016
Às vezes olho as estrelas,
E penso que elas nos olham
Que esperam pela extinção
Dos Homens frágeis na terra.
Cintilam pela ganância
Futura humana desgraça
P'ra quando formos embora
Fazerem lares na terra
Serão majestosas rainhas
Será real como os Homens
Que quando forem embora
Virão reinar as estrelas.
São olhos na noite escura
Cintilam pela ansiedade
Dessa chuva celestial
O mais depressa possível
Mantendo viva esperança
Aguardam noites inteiras
À espera que o Homem caia
À espera da humana desgraça.
E porque o Homem não cai
Nem chega a ruína humana
Fogem quando chega o Sol
Que assim discursa para elas:
“Por mais que queiram a terra
Fazer dela vosso lar,
Digo-vos que nunca serão
A gente humana que amo
Não tendes em vós coração
Nem sofrem, apenas brilham
E o vosso brilho me é vão
Sou mais brilhante que vós.
Fugi para os vossos lugares
Suspensos no espaço eterno
Que eu brilho nessa esperança
Dos Homens serem melhores,
Mesmo que um dia me engane
Mesmo que um dia me acabe
A luz que vida germina
A humana vida que amo.”