Anti Vida
Agosto 17, 2016
Não trocaria nunca a mãe por um país
Só quando era petiz, rebelde, a enervava
Era criança adversa, o sol me melindrava
Não trocaria nunca a mãe para ser feliz,
Tu, Afonso adverso, tinhas por brinquedos
Soldados, aríetes, arcos, lanças, espadas
Tinhas por passatempo lançar as escadas
E tomavas castelos, à noite, em segredo.
Custa-me a crer que tirânicos ditadores
Fazem deste amplo mundo um pátio de recreio
Sendo vermelho sangue a cor preferida
Custa-me a imaginar magnos conquistadores
Rebentos a sugar de suas mães o seio
Ser vida a rebentar, para ser anti vida