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Setembro 07, 2005
Ergo-me do leito chamado amor,
Sobre os lençois brancos de cetim
espreguiço-me distante, que não é dor,
Seguindo a voz que chama por mim.
Tratei das feridas da solidão,
Com bálsamo de leite de quem amei
Espantei um pouco a Morte do coração,
Mas novamente sua voz escutei.
De pedra em pedra sobre o charco,
Enlameado pelos lúgubres dias,
Salto sobre o Real que é tão parco
De inspiração para novas poesias.
Sofri advindo a arte do sofrimento,
Outro rosto do amor contido,
Porém, fartei-me do igual momento,
No mundo celeste por dois repartido.
E agora canto um pouco só contente,
Chamando os quatro ventos do passado;
Talvez depois a Musa me seja clemente
E me escute a alma do tempo afastado.
Sobre os lençois brancos de cetim
espreguiço-me distante, que não é dor,
Seguindo a voz que chama por mim.
Tratei das feridas da solidão,
Com bálsamo de leite de quem amei
Espantei um pouco a Morte do coração,
Mas novamente sua voz escutei.
De pedra em pedra sobre o charco,
Enlameado pelos lúgubres dias,
Salto sobre o Real que é tão parco
De inspiração para novas poesias.
Sofri advindo a arte do sofrimento,
Outro rosto do amor contido,
Porém, fartei-me do igual momento,
No mundo celeste por dois repartido.
E agora canto um pouco só contente,
Chamando os quatro ventos do passado;
Talvez depois a Musa me seja clemente
E me escute a alma do tempo afastado.