CORVO
Setembro 23, 2005
À mulher fatal, fatal destino
Como quem disse que tombaria
Pela espada se dela vivesse,
Pela espada, sucumbaria.
Ter esperança? Tenho-a nos outros,
E para mim nenhuma guardo
Essa força que levita o fardo
Tornando-nos vivos e não mortos.
Existe Sol, a luz e as flores,
Existe um berço chamado Amor,
Amaldiçoo-me das malditas cores,
De tudo amar causando dor.
Se meu coração cessasse um pouco,
A eterna fome e sede de inverter,
O cântico mudo, gasto e rouco
Feliz sería, ingénuo até morrer.
Nem tão pouco sei como já ando,
Nas ruas estreitas, ruas de imundice,
Mas colho mensagens de um livre bando,
Que desmascara a vil canalhice.
Sinto uma compaixão que comove,
De quem passará por mim agora na rua,
Viola tocando pedindo e continua,
E livre entregue a si mesmo se move.
Sempre me enganei a ajuizar pessoas,
Pois não chego a fazer juízo algum,
Não sou juíz nem tão pouco mártir
Sou neste mundo atroz apenas mais um.
Continuarei pecando como antes, errando
Sem aniquilar a natureza que em mim floresce,
Sou mármore esculpido que de si não esquece,
Que outros para além de mim, vão mais pecando.
Como quem disse que tombaria
Pela espada se dela vivesse,
Pela espada, sucumbaria.
Ter esperança? Tenho-a nos outros,
E para mim nenhuma guardo
Essa força que levita o fardo
Tornando-nos vivos e não mortos.
Existe Sol, a luz e as flores,
Existe um berço chamado Amor,
Amaldiçoo-me das malditas cores,
De tudo amar causando dor.
Se meu coração cessasse um pouco,
A eterna fome e sede de inverter,
O cântico mudo, gasto e rouco
Feliz sería, ingénuo até morrer.
Nem tão pouco sei como já ando,
Nas ruas estreitas, ruas de imundice,
Mas colho mensagens de um livre bando,
Que desmascara a vil canalhice.
Sinto uma compaixão que comove,
De quem passará por mim agora na rua,
Viola tocando pedindo e continua,
E livre entregue a si mesmo se move.
Sempre me enganei a ajuizar pessoas,
Pois não chego a fazer juízo algum,
Não sou juíz nem tão pouco mártir
Sou neste mundo atroz apenas mais um.
Continuarei pecando como antes, errando
Sem aniquilar a natureza que em mim floresce,
Sou mármore esculpido que de si não esquece,
Que outros para além de mim, vão mais pecando.