ROCHEDO
Setembro 28, 2005
Estarei quieto, feito mártir, rochedo,
Ó mar de lágrimas tuas vertidas,
Nas vagas os ventos mágoas trazidas,
Onde estremeço... Porém, livre do medo.
Que Amor disfere frases puras, sentidas,
Antes dor, a revolta em ti vem cedo?
Esfolas-te somente tu no rochedo
E tuas lágrimas em mim embutidas.
Quantos ventos invocas, vagas de fúria,
No fim sorrindo quando da minha penúria,
De vontade hercúlea de resistir;
Tombando sempre se vive livremente,
Se não deixar na vida nada pendente,
Antes a Morte que o Real porvir.
Ó mar de lágrimas tuas vertidas,
Nas vagas os ventos mágoas trazidas,
Onde estremeço... Porém, livre do medo.
Que Amor disfere frases puras, sentidas,
Antes dor, a revolta em ti vem cedo?
Esfolas-te somente tu no rochedo
E tuas lágrimas em mim embutidas.
Quantos ventos invocas, vagas de fúria,
No fim sorrindo quando da minha penúria,
De vontade hercúlea de resistir;
Tombando sempre se vive livremente,
Se não deixar na vida nada pendente,
Antes a Morte que o Real porvir.