Correm-me celeres nas veias os versos
Outubro 28, 2005
Correm-me celeres nas veias os versos
Sem que adágios tenha (rio mundano),
Oiço distantes os sussurros inversos
Murmúrios constantes do que é profano.
Nem rios, regatos, mares são perversos,
Nem o dorso imenso do oceano
Que nas ondas se formam sons dispersos,
As vozes na mente dum leviano.
Tenho aberto livros, vendo as pinturas
De pintores loucos que sublimaram
A Mae Natura exposta em molduras;
Abençoados loucos que encantaram
Nós, miseráveis, nos dando espessura
À vida que, outros, ao mar lançaram.
Sem que adágios tenha (rio mundano),
Oiço distantes os sussurros inversos
Murmúrios constantes do que é profano.
Nem rios, regatos, mares são perversos,
Nem o dorso imenso do oceano
Que nas ondas se formam sons dispersos,
As vozes na mente dum leviano.
Tenho aberto livros, vendo as pinturas
De pintores loucos que sublimaram
A Mae Natura exposta em molduras;
Abençoados loucos que encantaram
Nós, miseráveis, nos dando espessura
À vida que, outros, ao mar lançaram.