Girassois
Junho 07, 2006

São espanto impresso em sol e à noite fecham,
Recolhem as suas pétalas mimosas,
Enquanto dura a luz as nuvens não deixam,
Se espalham pelos campos mais formosas,
Ouvem rumores vindos de lá do fundo,
Na esperança de serem salvas por quem,
Se ergue do rio que escorre do Além profundo,
Um príncipe que lá mora e nunca vem.
E curvam a fronte, murmurando com o vento,
Quase tombando quando o sol se cobre,
Pelas nuvens, com o sol em cruzamento
Com quem decora o campo e não é pobre.
Abrem ao céu os braços que são preces,
Ao céu, vindo deveres e não benesses.