LXXXVII
Junho 27, 2006
Quantos dados não lancei para que a sorte,
Gentil poisasse neste meu umbral,
Espreitasse e me silvasse ser a mais forte,
Mediador entre o Bem e o Mal.
Eu não me quero perder ao contemplar,
E ver que tudo passa e nada dura.
Não vejo um Querer poder entrelaçar,
Os dedos enrugados de ventura.
Fui ver e ouvir o mar que eu tanto quis,
Guardar das árvores sombra e o odor,
Perfurei as teias desta matriz,
Fui renovar o corpo e a alma de Amor.
Que foi que fiz? Pior: o que não fiz?
Talvez viva, não vivendo, a supor.
Gentil poisasse neste meu umbral,
Espreitasse e me silvasse ser a mais forte,
Mediador entre o Bem e o Mal.
Eu não me quero perder ao contemplar,
E ver que tudo passa e nada dura.
Não vejo um Querer poder entrelaçar,
Os dedos enrugados de ventura.
Fui ver e ouvir o mar que eu tanto quis,
Guardar das árvores sombra e o odor,
Perfurei as teias desta matriz,
Fui renovar o corpo e a alma de Amor.
Que foi que fiz? Pior: o que não fiz?
Talvez viva, não vivendo, a supor.