MEDO
Abril 10, 2012
Nas pavorosas margens dum rio triste,
À sombra dum salgueiro recordei,
Os dias gloriosos que passei
Na verde infância que não mais existe.
E ao rio que passava perguntei:
“Serei aquele que era sorridente?
E o rio que não fala e que não sente,
Não respondeu. E então, triste chorei
Meu rosto era um narciso desbotado
Minha alma, fruto da fútil vaidade,
Meu coração de pedra, era um rochedo,
O olhar era mendigo abandonado,
E, por sentir o aperto da saudade,
Na água, vi meu reflexo. Metia medo…