Desconversar
Setembro 23, 2009
Caiu-me um tédio como tromba de água
Que vendaval! Veio sem prévio aviso,
Suspiro, impaciente, tenho a mágoa
Não ser teu lago fundo, tu narciso.
Escorreguei no chão limpo, brilhante,
Lavado com a vil promessa e dei,
Um trambolhão, assaz desesperante
Que fiz? Que disse? Ignoro, isso não sei.
Eu sofro de ansiedade, desespero
No decorrer de insípida conversa.
O hálito do tédio é desagradável;
É meu defeito, é nítido, mas quero
Que a sensação de ausência seja inversa
Porque a conversa foi muito agradável