Os olhos
Setembro 16, 2009
Que dirão meus olhos?
Que incómodos e constrangimentos provocarão nos outros?
Que ar senhoril, que fome, que sede revelarão,
Do espírito e da alma, mais imprevisíveis que o Universo,
Mais que os caprichos impostos e impossíveis de mulher?
Que ar decidido ou indeciso,
Sabedoria ou estupidez, seguro ou inseguro,
Sonhos fantásticos ou ausência deles,
Que ânsias ocultas esconderão por necessidade fictícia,
Não revelando a feroz necessidade de me lembrar de tudo?
Que força ou fraqueza, vácuo ou universo,
Que ideia, como um rótulo inútil de garrafa velha
Colocarão de mim, através dos olhos?