Esposo e Amante
Maio 29, 2009
Congela numa noite os teus deveres,
Não vês que a Lua é sólida um altar
Para amantes, dos íntimos prazeres
Em dois corpos num corpo comungar.
Tu sabes, minha amada, a vida é breve
Não vês que as horas passam num instante?
Serei teu sol a derreter-te a neve,
Deixa-me ser teu esposo e teu amante.
Ignora os que te prendem noutro ofício,
A vida vai-se e, amor, nunca mais volta
Porque te amo e te quero, não por vício,
Por dentro arde-me um fogo de revolta
Sem sombra de cansaço, de suplício
Como se um vendaval andasse à solta.