O Cerco
Fevereiro 27, 2009
Se me abres o teu seio sem receio
Se abraças meu querer como te quero
Se os olhos não mos vendas, amor, creio
Que não sucumbirei ao desespero.
Mas se entre nós escavas fundo fosso
Como poderei ter-te entre meus braços
Se esse silêncio aperta-me o pescoço
E as carícias são dores e embaraços?
Agora que me encontro nesta estrada
Melhor não encontrando outra saída,
Confesso: no papel, gritarei alto;
Porém, dou-te repouso, minha amada.
Já que não vejo a empresa conseguida
Levanto o cerco e cesso o meu assalto