Dor e fel
Janeiro 28, 2009
Esmoreço numa folha de papel,
Timbrada de mistério e vil segredo,
Descubro a porta que abre meu segredo,
Envolto em bruma, raiva, dor e fel.
Descendo a escada em forma de espiral,
Encontro-a à frente nua a ensaboar-se,
De vê-la, sem ter pressa, não tem mal
Na banheira, minha dor a masturbar-se
eu ando sem que sinta o chão que piso,
Inquieto, fico num lugar dormente,
Por isso fui espreitá-la no seu banho,
A solidão vem sempre sem aviso
Beber-me a inspiração sofregamente
Acabo por sentir-me louco e estranho.