Nova Centelha
Janeiro 13, 2009
Descubro ser estrela sem que indique
Contrária direcção à que tomei,
Espero encontrar água que clarifique
Por que escolhi andar por onde andei.
Que mãos empurram almas como a minha
Que batimento forte me acompanha?
Um diz-me ter um dedo que adivinha
Mas não sabe como a minha alma é estranha.
Torna-me leve, ó noite, o que me pesa
Ensina-me enganar esta fraqueza,
De ser-se, cá na terra, mais humano;
Já finjo que este vento me aconselha,
A encontrar em mim nova centelha
Que me reacenda e apague o meu engano.