O Lago
Janeiro 09, 2009
Eu vou gritar primeiro a dor que sinto
Depois deitarei fora o que não presta
Bebo dum trago uma taça de absinto
Que um verde sonho e uma ilusão me empresta.
Depois, posso contar o que vivi
Se me entornar, deixem-me estar no chão
Não conto quantos copos já bebi,
Sabendo que esta vida é uma ilusão.
Dentro do copo, o que faz a Medusa,
Talvez queira dizer-me que reduza
Todo o licor bebido num só trago;
Mas eis que bela sai dentro do copo:
Maestro, toque um presto ma non troppo,
Bailemos juntos neste louco lago!