O Clube
Junho 22, 2021
Estou cercado de demónios vigilantes
seguem-me os passos leves estimam onde vou
ignoram o que cozinho no tacho da mente
que o falcão peregrino do sonho voou
rodeiam-me as árvores verdes que oscilam
entre o vento do Norte e o vento do Sul
há homens locomotivas que descarrilam
sob o céu impassível indiferente azul
a garrafa de água continha no plástico
rótulos de sedas de mensagens proibidas
o mundo abraça-me, parece fantástico
mas a morte sinistra brinca às escondidas
rodeado de tédio remorso e solidão
é inútil pensar-se na mudança de rumo
sabes a carícia que doma o coração
mas nunca provarás de mim amargo sumo
somos descartáveis para a causa do tempo
o tampo desta mesa é gasto nos labores
mesmo arranhas céus de cor de um céu Dezembro
serão derrubados por ocultos favores
Sepulto-me em papel no verso a tinta preta
Progride, sem que atinja os altos cumes brancos
A bússola avariada guia-me à deserta
Montanha onde existem gigantescos bancos
no início do verão processam-se soturnos
sentidos latejantes de típicos vagares
sou réptil rastejando num pulsar nocturno
sou estéril no sentir das coisas salutares
nasci para estar fora de elevados círculos
a minha maldição é amar as coisas belas
sou sócio no clube só de seres ridículos
que buscam a Beleza sem lhes porem trela