A União
Julho 23, 2012
Há centenas de braços que me envolvem.
Movo-me, mexo-me fora de mim,
Sem seguir a bússola do meu querer
Que se avariara, um dia, num naufrágio
No dorso do mar em cada rosto ou vontade,
Ou ruga, procurando esmeraldas perdidas,
Ilhas mágicas com tesouros falsos.
Falhei. Cometi erros, inventei sensações,
Quebrei copos de cristal no silêncio
E todos os ouvidos voltaram costas
Rangendo dentes, culpando, raivosos
A minha falta de jeito nas conversas banais,
Querendo conservar o único diamante
Amadurecer como um vinho raro.
Que segredo saber quem somos
Escavam-se abismos fundos à noite,
E quando noite cai, e quando a noite vem
Beijar-nos com boca viperina
Acordo, de acordo com a vontade
Juntar ao ser que fui ao ser que sou