Cu flori
Setembro 29, 2011
A rua que desagua na praça principal
Ergue-se a catedral como um conto de fadas
Como tivesse boca e meu nome dissesse,
Frágil como a rosa que vai ser arrancada,
Talvez do meu martírio, que nunca o venci
De carregar o fardo ambíguo de poeta,
Talvez medo gigante vir a ser feliz
Não creio ser o céu quem tudo nos decreta
Deixai o céu lá estar, azul, inatingível,
Preciso o impossível para ser quem sou,
A vida é este instante, e não haverá outra
A outra foi um gato do céu que ma levou.
De vez em quando vem espreitar-me na janela,
Um pássaro que entoa a canção da saudade
A Lua sobre o parque não é a mais bela
A mais bela é aquela que amo de verdade…