A Queda
Abril 15, 2011
Entrou no meu domínio, a imensidão vazia,
Um prédio em ruínas de alma que há-de vir,
O sol, no rosto, mole, há pouco esmorecia,
Dizendo-me: "coragem! É cedo para partir"
Quem foi que me arrancou à bruta um branco lírio
Deste vale escuro que é meu negro peito?
Confesso que me atiro em queda ao meu delírio
Sou castelo de areia, pelo mar desfeito.
Do amor, quanto mais sei penso não saber nada,
Creio-o na constância em força e movimento,
A sombra de um momento, o sol numa cascata,
Reanimo a vida expondo em verso um sentimento.
Terá que ser espontâneo para ser-se amor,
Bem pode ser o fogo que arde sem se ver,
Mas se esse amor é fogo então é destruidor,
Pois se for puro amor então não faz sofrer
Gostava ser pastor dos poemas que escrevi,
e pastassem livres nos planaltos do Tempo,
Sobre o amor que inventamos eu nunca escrevi,
Pra mim é quando surge o sol no mês Dezembro