CCVII
Abril 24, 2006
Escrevo e apago; escrevo e apago. Musa,
Que é feito do embalar ao meu deslize?
Que foi que fiz que o estro hoje recusa,
Dar luz e o meu desejo se realize?
Meu sofrimento advém de hesitar,
De avançar cego para o que ainda falta,
Conquistar sem ter mundo a conquistar,
Sinto-me submerso numa maré alta.
Que foi que fiz? Que feito: darei empresa,
Drenar da veia o que perro me torna,
Não tenho em verso, em canto, uma certeza,
Dá-me água que da fonte de ti entorna,
Dá aos meus poemas a minha forma,
Vem dar alento algum a esta fraqueza.
Que é feito do embalar ao meu deslize?
Que foi que fiz que o estro hoje recusa,
Dar luz e o meu desejo se realize?
Meu sofrimento advém de hesitar,
De avançar cego para o que ainda falta,
Conquistar sem ter mundo a conquistar,
Sinto-me submerso numa maré alta.
Que foi que fiz? Que feito: darei empresa,
Drenar da veia o que perro me torna,
Não tenho em verso, em canto, uma certeza,
Dá-me água que da fonte de ti entorna,
Dá aos meus poemas a minha forma,
Vem dar alento algum a esta fraqueza.