soneto sobre as aparências
Julho 15, 2008
Há rosas que florescem nos canteiros
Nos mais estranhos cantos da cidade,
Há homens que parecem verdadeiros,
Mas são os mais estranhos na verdade.
Há lírios brancos lírios que parecem,
Nas mais escuras casas tenras virgens
Fechadas em conventos que florescem
Mas estes lírios causam-me vertigens.
Há almas monumentos catedrais,
Fantasmas que viver não querem mais,
Há tanta gente (ó deuses, tanta gente)
Mas há também abismos e voragens,
Perfeitas carnações, belas paisagens
Mas há tão pouca gente que é decente.