Orquídeas, meu Amor
Junho 12, 2008
Num monótono momento abrandava
Passando a fina areia na ampulheta
Nada maligno em mente maquinava
Expor em verso o que a minha alma veta
Aquela embriagante orquídea dava
Num gesto obsceno livre, ingénua e louca
Um rio ensanguentado murmurava
Os beijos que lhe dava bem na boca.
E levantou cortinas cor da esp'rança,
Jorrando a luz que ofusca e me ilumina
que determina ver mais do que posso,
levou-me neste dia uma lembrança
a linda e leve ave mimosa e digna
Do que vai da cintura ao seu pescoço.