Soneto sobre a Lei n.º 37/2007
Junho 06, 2008
Quis um cigarro a minha alma fumar,
dentro deste corpo mole e fraco,
mas lembrei-lhe a lei nova do tabaco,
e que fosse lá fora apanhar ar,
meu corpo quis seu vício alimentar
e derramou licor do velho Baco,
enchendo-se vazio, um velho saco
na roda estando o mundo inteiro a andar.
O que a minha alma quer corpo recusa
capricho vida e sangue, alma confusa,
na escura noite lâmpada apagada
vencendo o que é mortal inútil, vão
rasgando alto discurso de Platão
Nem sombra a minha alma é, nem luz, nem nada