O Mar do Esquecimento
Novembro 30, 2007
Ao fim da tarde, o Sol vem procurar-me,
Tocando no meu ombro com seus dedos,
Brilhando nos espelhos, nos meus medos
Dizendo em troca: “Vem! Vem contemplar-me!”
Vem revelar-me o sol os seus segredos,
Sussurra-me que: “Eu, sim, posso queixar-me
Eu tenho sempre o Tempo a controlar-me,
Sou personagem vil em iguais enredos”
Desvio-me da graça que me deram,
Viver onde meus sonhos desapareceram,
Resta-me enfim, co’ o Sol, enlouquecer;
Arde-me a mente em verso, em pensamento,
Seduz-me o sol no mar do esquecimento,
E lá vou eu ansioso para o ver.