Aos da farda azul
Novembro 22, 2007
Vesti a farda azul e parecia,
Haver em frente o Tempo inteiro, e os anos,
Passavam calmamente sem ter danos,
Qual estro abençoado na Poesia.
Mas houve um deus que tal assim não queria,
Depôs-me à frente as horas, os minutos,
E nós, soldados trémulos e putos,
Marchávamos inscientes todo o dia.
Deixei-me escorregar pela vontade,
De ter ao lado quem eu mais amava,
Do peito, germinava eterno orgulho;
Criados na fraqueza e na verdade,
Saindo em bando, voando, eu me soltava,
E agora vivo atolado de entulho.