A tua dor
Novembro 21, 2007
Belo contraste. Macio, o sol brilhava
Cedendo ao céu azul cândido, e deste
Pardas nuvens, tua dor celeste,
E eu, perdido na floresta, andava.
A tua dor pensei se não mudava,
Vaidosa pose do belo cipreste,
Nem beijo, nem abraço me ofereceste,
Só era a espessa sombra que sobrava.
Anseias por uma nova alvorada,
Que tenha a exuberância que fascina,
Minha Andrómaca, triste e amargurada;
Nada muda e nada mais me ensina,
Ver-te assim, margarida desfolhada,
Saber que tudo hoje te amarga e indigna.