Latejares
Setembro 07, 2007
Um vulcânico pulsar tão ardente,
Tamanho espaço igual ao vasto céu,
Espalha p’lo meu corpo um frio, um quente,
A sensação que o verso não é meu.
Apresso-me, sem saber bem porquê,
Maestro, à orquestra imprime passo apressado,
Que dentro toca em mim e ninguém vê
Pra sempre um monumento inacabado.
Quem me dirige a mão, o gesto, a pena,
E, verso a verso, o que sinto murmura,
Não sei! Mas delicado tem ternura,
Sentindo a minha alma ainda pequena