O teu seio
Setembro 04, 2007
A forma como exibes o teu seio,
Tão fresco, brônzeo, liso e delicado,
Faz com que sofra e passe um mau bocado,
Levado pelo vento, doce enleio.
Repensa teu ardil, porque teu veio,
De viva estátua, génio enamorado
Descreve a fatal curva, e assim cantado
Teu seio é um verso escrito que amo e leio.
Mas já o sol estende os braços de ouro,
E o nevoeiro, espectros, os espanta,
E o sol do meu Amor é minha cura;
Porque me afasta imagens, mão de santa
Só guardo imagem doce qual tesouro,
Perdido e abandonado em terra dura.