Espreitar
Agosto 22, 2007
Oh verso, abre os portões à minha mente,
Trancada pela vida a sete chaves,
Morando em funda toca, em fundas caves,
Que a vida atroz sonhar não me consente.
Desperta a minha alma seca e dormente,
Com cristalinas melodias de aves,
Acorda-me com sons da Terra graves,
Por mais que esta vontade áspera tente.
Que é vento se não sinto o vento em mim,
Que é luz do sol se não sinto embater,
Seus raios luminosos, de ouro fino?
Tento arrombar as portas deste Fim,
Espreito pelas brechas até ver,
O rosto angelical do que é Divino.