A festa
Julho 07, 2007
Foram-se embora todos. Era o fim...
Deixaram-me o que à volta me conforta,
Num estrépito, soou fechar-se a porta,
Esmagando a minha alma inerme assim.
Paira o espesso fumo e dança em mim
Espectral, perfumando a sala morta
Mulher fatal abandonada absorta,
Pensa que é dela o azul do céu. Enfim...
À solidão, não me entrego, no entanto,
Respiro! Fico quieto no meu canto,
Acompanhando os traços finos de ouro
De súbito, nasce um novo cantar
Que existe muito mais que além chorar,
Mas choro, pois o choro, é um tesouro.