E tudo o vento levou...
Junho 29, 2016
Não deixarei que gritem alto, aflitos
Meus versos roucos de tanto gritar
Que a vida dura um dia, há-de acabar
Não quero que em histeria acabe aos gritos
No sangue surgem trágicos conflitos
Entre verbos que não sei conjugar
Porém tudo há-de um dia serenar
E viverão na terra entre proscritos
Silêncio à volta! Dentro, a gritaria
Aos empurrões, as multidões em fúria
Divergem, com veemência, de quem sou
A anos-luz ser príncipe da poesia
Mendigo na miséria e na penúria
Sou sempre o que “E tudo o vento levou”