CCCVII
Maio 22, 2006
Num céu de azul manchado plana a ave,
Que se habitua à primeira investida,
Da primavera sem sentir entrave,
Ou chilrear, amarga, sobre a vida.
Voa aflita, sobre os céus planando,
Sossega só quando as bocas se fecham,
Das crias, que ainda vão mal piando,
Que, puras, um meigo piar nos deixam.
Deitado como nunca me deitei,
Ouvindo como nunca ouvido tinha,
Assim os céus da mente sobrevoei,
Gravei o que da ave o canto vinha.
Escavo e nada encontro sobre o solo,
Sonho em sonho que sou Marco Polo.
Que se habitua à primeira investida,
Da primavera sem sentir entrave,
Ou chilrear, amarga, sobre a vida.
Voa aflita, sobre os céus planando,
Sossega só quando as bocas se fecham,
Das crias, que ainda vão mal piando,
Que, puras, um meigo piar nos deixam.
Deitado como nunca me deitei,
Ouvindo como nunca ouvido tinha,
Assim os céus da mente sobrevoei,
Gravei o que da ave o canto vinha.
Escavo e nada encontro sobre o solo,
Sonho em sonho que sou Marco Polo.