O Meu Coração
Agosto 17, 2011
Meu coração às vezes chora,
Como geme a guitarra portuguesa,
Numa dada altura, numa dada hora,
Cheio de violência inglesa,
E é tal o encanto, tal a grandeza,
De ser gente, de ser frágil,
Que num dado momento,
Mais veloz que o pensamento,
A Morte vem cruel e ágil.
Mas que me importa a morte,
Pois que me entrego à sorte,
De ter Deus em carne e osso
No fundo do meu coração,
Que no fundo é mais um poço,
Longe da verdade,
E da Razão…
E como uma aldeia em festa,
Cheia de luzes e barulho
De música e vinho derramado
Eu canto e vivo embriagado
O meu coração sem orgulho