Soneto de Verão
Julho 06, 2010
Sou a cobra no jardim do teu desejo,
Que se enrola nos teus braços, ombros, pernas
Na volúpia das carícias suaves, ternas,
Que à tua boca vai roubar-te um beijo,
Tocar-te a intimidade levemente,
Na ímpar suavidade dos amantes,
Que tornam os movimentos circulantes
Como no leito o amor, justo consente,
E a língua audaz, furiosa e destemida,
Escreve poemas no teu esbelto corpo
Um verso improvisado como escrevo
Move-se em círculos, sobe, e na subida,
Descobre a caminhar um novo sopro
De quatro folhas, teu amor, em trevo