O amor pelas coisas belas
Outubro 30, 2009
Meu corpo adoecido, fraco, eufórico,
Oscila entre espirais das aves idas,
Foram-se embora. E agora nas subidas,
Fraquejo no ar confuso e metafórico,
Adoecendo, ouvindo no ar, lamentos,
Dos ventos iracundos, inconstantes
Nas estações da alma delirantes
Quais ninhos habitados pelos ventos.
Da minha boca sai um fumo espesso,
Vejo-o envolver-se no ar e desaparecer,
Na exalação nocturna das estrelas;
Já pouco ou nada à vida frágil peço,
Dissipo-me no fumo sem sofrer,
Porque procuro amar as coisas belas.