Mentir a dois
Março 30, 2007
Meu crime é escrever versos. Sem talento,
Que há que me console e me levante?
Ó infernos ateus, anéis de Dante,
Caminho absorto e vago em pensamento;
Negado mundo sem constrangimento
De encanto mas tão pouco cativante
Doente, fraco, débil e enervante
Quem nunca guarda ou oculta um sentimento.
Fervilha o sangue, fervo-me em discórdia
Tolo quem espera misericórdia,
Espera, qual revelação divina;
Vá, mata-me à vontade e vive o pouco,
Ou nada que tão bem atinge o louco
Branda, ardilosa, experiente menina.
Que há que me console e me levante?
Ó infernos ateus, anéis de Dante,
Caminho absorto e vago em pensamento;
Negado mundo sem constrangimento
De encanto mas tão pouco cativante
Doente, fraco, débil e enervante
Quem nunca guarda ou oculta um sentimento.
Fervilha o sangue, fervo-me em discórdia
Tolo quem espera misericórdia,
Espera, qual revelação divina;
Vá, mata-me à vontade e vive o pouco,
Ou nada que tão bem atinge o louco
Branda, ardilosa, experiente menina.