Canção de Amor
Maio 30, 2007
Fiel sincero amigo,
Que dentro tens contigo,
Aguda chaga dum estranho amor,
As mágoas vão brotando,
A fonte alimentando
Que desagua um rio em mar de dor.
Bem sei que tu mais dás,
E nada novo traz,
Além duma questão que invade a mente;
“Então porque é assim,
As coisas, e ela, enfim?
Ando perdido e louco diariamente!”
Estando dela perto,
Tendo coração aberto,
Deixas entrar primaveril frescura,
Que ela possui e passa,
E vês nela uma graça,
Mais do que a própria e linda formosura.
Enclausurado e triste,
Tristeza em ti insiste,
Levar-te preso ao Tártaro de arrastos;
Ficando triste e só,
Sentido a dor, a mó
Teus sentimentos vão ficando gastos.
Escritos versos saem
Dentro quais folhas caem,
Sobre o veludo verde que te serve,
De leito calmo e doce,
Um refúgio que fosse,
Belíssimo, perfeito p’ra quem escreve.
Escolhe quem te escolhe,
Ama quem te ama e colhe,
Da dádiva da vida o que nos resta,
Viver qual vento passa,
Natureza devassa,
Que Beleza oferece e Amor empresta